Reduz-me ao
tamanho das tuas mãos,
e que os
silêncios que nos prendem, soprem a poeira do caminho.
Aperta-me no
círculo perfeito do teu olhar
para que, ao
perder-me no mundo, possa seguir a luz que madruga nas nossas memórias.
Cinge-me no
alvoroço do teu sorriso,
e que a tua
boca, nas palavras que desenha e canta, comande o sangue que se abeira do
coração.
Cura-me com o
teu sereno respirar,
porque assim
nos consagramos, assim ardemos, assim consistimos.
Embrulha-me
agora, como antes, na pele quente do teu corpo,
para que a vida
possa ser apenas isso, e tudo isso.
Poema escrito para a São e para o Armando, inspirado pela celebração das suas bodas de ouro.
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