Por ora apenas os ramos batem nos vidros da janela. é tarde nesta véspera de natal, a noite adensa-se, o mundo recolhe-se como pode e os sons ensurdecem na terra fria, mas a promessa da tua vinda é certa, a minha memória é verdadeira e isso basta-me. tudo me diz que é tarde nesta véspera de Natal, e por ora apenas os ramos batem nos vidros da janela. neste tempo liminar, esgota-se o rasto do dia que acabou, a luz escorre pelas pedras velhas do caminho e não te oiço ainda nesse rio por onde vens, mas o meu coração contrai-se, eu espero-te, tanto, e isso basta-me! é noite de natal, os ramos cantam nos vidros da janela és tu?... és tu! só amor, só amar, isso basta-me.
há manhãs que nos acordam como um baptismo...