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A mostrar mensagens de outubro, 2008

Tenho-te comigo como uma erva selvagem

Tenho comigo o frio gelado e silencioso da noite. Há uma ténue linha de terra, quase praia, junto ao mar que filtra um pouco do cinzento denso do nevoeiro, e a tua sombra no alpendre, à minha porta, fica agora mais clara e visível, mais perto da dor intensa, do amor refeito e da despedida. Esta partida que é tua, tão ausente, tão perto da espera que aguarda o passar dos meses, o fim do Inverno. Mas tenho-te comigo como uma erva selvagem e forte, como algo que resiste.